Antes de mais nada, existem vários modelos de negócio que as empresas podem adotar, dependendo do setor em que operam e dos objetivos específicos que desejam alcançar, são apenas alguns exemplos de modelos de negócio:
- Venda direta: Empresas oferecem produtos ou serviços diretamente ao consumidor final, sem intermediários. É comum no varejo e em e-commerces.
- B2B (Business-to-Business): Empresas fornecem produtos ou serviços para outras empresas, sendo uma relação comercial entre duas organizações, como fornecedores e distribuidores.
- Franquias: Um modelo em que o franqueador cede direitos de uso de marca e know-how ao franqueado, que opera o negócio seguindo padrões definidos.
- Assinatura: Empresas oferecem serviços ou produtos em troca de uma taxa recorrente, como revistas digitais, streaming ou software.
- Licenciamento: Empresas concedem direitos de uso de uma propriedade intelectual, como marcas ou tecnologia, para outra empresa em troca de royalties.
- Marketplace: Plataformas conectam compradores e vendedores de produtos ou serviços, sem a necessidade de a empresa controlar o estoque, como Amazon ou Mercado Livre.
- Plataforma multilateral: Facilita interações entre dois ou mais grupos interdependentes, como motoristas e passageiros no Uber.
- Desenvolvimento e assinatura de software: Empresas criam software personalizado e disponibilizam por meio de assinaturas, muitas vezes em modelos SaaS (Software as a Service).
Acima de tudo, a escolha do modelo de negócio depende do mercado-alvo, do produto ou serviço oferecido, da estratégia competitiva e de outros fatores relevantes, pois existem implicações legais importantes que as empresas devem considerar no momento de estruturar e implementar suas atividades.
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Pois existem implicações legais importantes que as empresas devem considerar no momento de estruturar e implementar suas atividades.
Como escolher entre os modelos de negócio?
É necessário primeiramente determinar a estrutura legal adequada para a empresa, uma sociedade empresarial (limitada, anônima ou unipessoal, por exemplo).
Cada estrutura tem implicações específicas em termos de responsabilidade dos sócios, obrigações fiscais, requisitos de registro e governança corporativa.
Os modelos de negócio geralmente envolvem a celebração de contratos com parceiros de negócios, bem como; fornecedores, clientes e outros stakeholders. É fundamental garantir que esses contratos sejam redigidos de forma clara e abordem questões relevantes, como propriedade intelectual, confidencialidade, obrigações e responsabilidades dos contratantes, resolução de disputas e rescisão contratual.
Lembrando:
Dependendo do modelo de negócio, a proteção dos direitos de propriedade intelectual pode ser crucial. Isso pode incluir patentes, marcas registradas, direitos autorais e segredos comerciais. É importante entender como proteger e utilizar adequadamente a propriedade intelectual da empresa, e também como respeitar os direitos de terceiros.
Ou seja, alguns modelos de negócio estão sujeitos a regulamentações específicas, como por exemplo, empresas financeiras, de saúde, alimentos e bebidas, tecnologia. Também é essencial compreender a legislação aplicável ao setor em que o modelo de negócio se insere e garantir o cumprimento de todas as exigências legais, além disso, incluindo também licenciamentos, autorizações e certificações.
Muitos modelos de negócio também envolvem a coleta, armazenamento e processamento de dados pessoais dos clientes. Por essa razão, é necessário estar em conformidade com as leis de proteção de dados para garantir a privacidade e a segurança das informações pessoais.
Essas são apenas algumas considerações legais e exemplos relacionadas aos modelos de negócio, ao estruturar sua empresa é importante buscar orientação jurídica especializada para garantir que sua empresa esteja protegida legalmente.
Luiza Negrini Mallmann – OAB / RS: 110.636
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